2006/03/27

Manual para uso do Milenio Nº3 (continuação)

4 Volta sempre ao inicio se pretenderes que o que fazes seja bem feito.

5 Pensa por ti o menos possível sabes que pensamentos para alugar não faltam aluga-os e podes também sub-alugar alguns.

6 Tenta representar qualquer espaço geográfico numa forma geométrica simples será útil quando menos esperas.

7 Colecciona doenças sempre que possível doenças psíquicas as outras evita-as.

2006/03/26

Manual para uso do milenio Nº3

1 Não penses que és nem hajas como se fosses patrão espera pela conclusão das obras ou pela transferência de poderes entretanto pensa que és encarregado.

2 Os teus amigos troca-lhes sempre que possível os nomes pedirão ajuda numa ou noutra fase da vida faz por conseguires dar essa ajuda.

3 Alguns vizinhos certamente te perguntam como tem passado a família responde-lhes sempre que tudo bem obrigado e vocês?

Sinopse

O primeiro-ministro português é homossexual mas isso nunca se percebe nesta estória.
O que esta estória mostra é q ele chegou a primeiro-ministro devido a um elaborado plano criminoso.

2006/03/10

O que eu vi

A SIC-Notícias mostra-nos a distinta Helena Roseta com um adereço de moda, móvel, extraordinário, em estilo tentacular, um ser tecnicamente perfeito, uma simulação brilhante de um ser vivo na lapela.
O pivot tem grande dificuldade em se concentrar, e o colega político Duarte Lima que com ela debate só ao fim de 5 minutos começa a conseguir desviar o olhar do orgânico e chamativo acessório
Vitória brilhante de Helena Roseta e Helena Roseta Produções.

2006/03/03

Sobe aí

Então eu disse, ó Jorge, entra. Sobe aí.

E o gajo naquela, todo desgadelhado, parecia que tinha comichão, e põe-se com uma conversa do tipo, Eu não sei, eu não gosto de andar na rua, e ser visto e tal... que está ali a falar comigo e que nem sabe.

É pá, meu, disse eu, esquece isso.

Se estás aqui sobe aí.

Entretanto todos os meus vizinhos tinham vindo à janela que dá para o pátio interior, o meu vizinho do lado tem uma cultura de couves em suspensão e sem solo. Brilhante. Mas o Jorge é que já estava meio passado com aquilo e aposto que a pensar, Eu um grande artista aqui no meio das couves.

Evidentemente ofereci um chá ou uma cerveja que era o que tinha. Mentira porque também tinha vinho e espumante e uma série fixe de licores. Mas com a história da cerveja ou chá não só não me destacava demasiado das couves como me apresentava.

Estava eu a pensar nesta merda toda, já com um chá na mão, com o Jorge à minha frente. Parecia estar a olhar para mim à espera que eu lhe respondesse qualquer coisa, acho que percebi pela entoação, quando me interroguei se não estaríamos a conversar sobre qualquer assunto que me fez distrair. Acho que entretanto até sonhei com aviões e paulos e foi então que acordei para a realidade e me apercebi que tinha que me concentrar em infusão. Ou que o melhor era organizar os pensamentos.

Mas em relação a quê?

Vamos ou não?

O Jorge a olhar para mim com uma cara. Aquela cara que me fez lembrar de tudo.

Foda-se Jorge, estava mesmo a pensar em como é que é possível uma situação destas. O pessoal anda todo maluco. E em tempos eu pensava que era da água mas agora já nem sei.

Não será do vento? Ainda ontem estava a pensar nessa história do vento.

E, enfim. Aqui comecei a soluçar porque já me tinha esquecido outra vez qual era realmente a conversa. Ainda disfarcei, O mal... disto tudo... é... a sociedade.

O Jorge a olhar para mim com aquela cara e eu a lembrar-me outra vez a razão desta conversa.

Foda-se mén. Antes que me esqueça:

Não achas estranho que um gajo se conheça há vinte minutos e me estejas a perguntar se dá para irmos tomar um banho?

E foi assim.

2006/03/02

Acho cá uma graça

Acho cá uma graça. O pessoal e tal diz que conhece pessoas e o camandro... Eu cá não. Eu digo logo, eu não fixo nomes nenhuns nenhuns. É uma coisa...! Enfim.

Mas não me esqueço das caras!

E o pessoal fica assim naquela. Este gajo sabe e tal. Sim senhor.